segunda-feira, 10 de maio de 2010

A República Despida


Para alguns, mais um feriado como outro qualquer, para outros, dia de reflexão sobre a política e o modo como é conduzida. Para os historiadores, uma data marcante de mudanças, que nem sempre foram boas para esta nação.

Dos 120 anos de República, pelo menos 86 anos foram marcados por regimes autoritários, ou por governos baseados na representação de monopólios e sua políticas imbecis, que nos colocaram em atraso. Dez anos, foram de governos fracos, que apesar de promoverem mudanças foram depostos. Vinte e quatro anos, representam o fim destes regimes, com a abertura política em 1984 e a eleição de um presidente democrático, em 1985, que sequer tomou posse direito, sendo substituído pelo seu vice.

Em 1988, eleita a Constituição Federal mais moderna do mundo, porém cheia de brechas e furos na lei, que hoje se manifestam em impunidade, em benefício aos promotores de escândalos e corrupção, em todos os níveis, das instituições do País.

Depois de trinta anos de ditadura, presidentes que roubaram poupanças, que fecharam 65% da indústria nacional, que privatizaram a rodo, que não sabiam de nada, que ganharam posições de liderança mundial, que nos tiraram de uma senhora crise. Porém, que esqueceram de promover justiça, de punir culpados de corrupção, de promover mudanças, de gerar trabalho e riqueza para nós.

Uma população que não reclama, que não cobra, que não pressiona, que é alienada, inclusive e principalmente entre os que deveriam cobrar mais, e portanto, tem o governo que merecem, e apenas queixam-se. A uma imprensa democrática e moderna, que cobra por esta mudanças e mostra o que está errado e ainda assim, é injustamente criticada e culpada por isto.

Professores mal remunerados, lutando às duras penas, para construírem um País melhor. Políticos que torram os mundos e os fundos, sem serem punidos exemplarmente. Uma lei mole, que não consegue dar tratamento adequado, aos apenados mais perigosos, com o devido rigor que se espera da mesma.

Problemas sociais e econômicos, a rodo, que surgem a cada momento. Enfermeiras loucas que envenenam crianças, com sedativos, em nome da religião. Governadores que compram móveis com dinheiro público para seus lares, sendo que ganham muito bem obrigado, para trabalharem. Ou que deixam obras inacabadas, ou que cobram pedágios caros e nada fazem. Viadutos que caem, tráfico de drogas que destrói, educação do povo a zero.

Deputados federais e estaduais omissos, que acham que somos trouxas em pagar pelos seus péssimos serviços. Ex-prefeitos, que não olham para as mancadas que cometeram e criticam na cara dura, e prefeitos que não se mexem, e quando o fazem, ainda ameaçam esculhambar com o que é correto ou com o que a população quer que se mantenha.

Vereadores que aprovam leis inconstitucionais, chamam o povo de palhaços, levam ovos e ainda assim, acham que tem o direito, em se sentirem ofendidos com o fato. Guerrinhas de vaidades, que apenas promovem atrasos para as comunidades onde ocorrem, e nada de bom trazem. Vergonhas, que um dia espero sinceramente, sejam corrijidas, para o bem de todos.

Parabéns dona República, pelos seus 120 anos, que os próximos 120 tenham mais virtudes, que vicitudes e sejam mais merecedamente comemorados, e de preferência por todos nós.

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