quarta-feira, 12 de maio de 2010

A Bastilha.


A Bastilha, em Paris, foi por muitos séculos o maior temor de qualquer cidadão francês. A prisão que ficava ao lado da primeira delegacia de polícia de Paris, era a prova de fugas dado o excesso de cuidados para que os presos não fugissem.

Sem qualquer privilégio, homens e mulheres eram torturados e acorrentados. Nobres, clérigos, burgueses e cidadãos do povo, que caíssem em desgraça perante o Tribunal de Paris presidido pelo Rei, conviveriam com péssimas condições de higiene, ratos e má alimentação. Alguns historiadores concordam em dizer, que o fedor do local era tal, que mesmo os guardas usavam lenços umidecidos com perfume para aliviarem seus narizes da morrinha que exalava dos apenados.

Ainda assim, deve-se dizer, que às mulheres presas na Bastilha ainda tinham algum privilégio, como celas separadas para poderem rezar ou bordar, banhos aos sábados e roupas limpas, enquanto esperavam pelo término de suas penas ou enquanto aguardavam à morte pelas mãos do carrasco.

A Europa herdou o rigor, em seu sistema juciário após a queda do absolutismo nos séculos XVIII e XIX. A Bastilha caiu pelas mãos do povo francês, mas o rigor com as punições para os crimes no sistema judiciário não. E o mesmo se observa em outros países da Europa e em suas colônias nas Américas.

Porquê não herdamos, em nosso sistema judiciário o mesmo rigor? Porquê nosso sistema judiciário não exalta o rigor contra às bárbaries cometidas por Sanfelices e Roselanis? Devido aos costumes enraizados e a cultura do Velho Mundo, os espanhóis não entenderam nada em relação ao Caso Sanfelice. E com razão, pois quem em sã consciência deixaria um assassino monstruoso, solto no regime semi-aberto?

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