sexta-feira, 28 de maio de 2010

Liberdade Gera Crescimento!


Nem bem escrevi sobre a falta de assunto e já me inspirei. É possível? Creio ser. Como podemos aproveitar o cenário mundial das crises econômicas pelo mundo para gerar riqueza?

Muito simples senhores leitores, o dia nacional(ou será mundial?) sem impostos nos mostrou. Com uma carga tributária menor, nossos produtos seriam altamente competitivos no mercado internacional e poderiam criar um mercado interno forte, com a absorção de mão de obra excedente gerando-se: consumo, empregos e renda.

O melhor de tudo isso, é que na prática aos empresários não haveria maiores preocupações com a legislação de trabalho, dado o volume de lucros que poderiam ser gerados. Acham impossível?

Bem pois posso fundamentar em duas provas cabais e inquestionáveis: O Império Britânico, ou seja Inglaterra e suas colônias no século XIX e hoje os Estados Unidos, que estão em declínio econômico e em vias de subdesenvolvimento.

Não é a hora de passarmos a concorrência para trás e emprestar dinheiro à juros altos como já nos fizeram no passado? Não está na hora de pararmos de mandar matérias primas para fora do país e industrializá-las aqui? Não está na hora de nossos empresários pressionarem os políticos neste sentido? Vocês querem o fim da violência, das drogas, do péssimo atendimento em saúde e uma legislação decente que possa ser cumprida em benefício de todos. Então liberdade tributária é o que pode fazer o gigante lerdo do hemisfério sul do planeta, acordar e sair na frente dos outros.

Dinheiro para isto nos sobra, temos portos, temos mão-de-obra qualificada, temos condições de crescer mais ainda que a China.Principalmente quando podemos ir em frente, enquanto o mundo anda em ré.

Como está difícil escrever.


Pois hoje para mim queridos leitores, está difícil escrever. Não por falta de inspiração, mas devido a avalanche de assuntos, os quais não me decido se ponho aqui neste espaço ou não. Poderia falar mais sobre o genoma sintético de Graig Venter, ou sobre as leis de adoção, os duros golpes no "Bulling", a política externa, a nossa câmara de vereadores e etc.

Porém me deu o branco de escritor dada à quantidade e universo de assuntos tão fascinantes. Gostaria aqui de poder dizer mais ou mesmo sugerir algo interessante, mas não sei se posso uma vez que padeço de idéias conservadoras como: o aumento do consumo, da produção industrial, da geração de empregos, da caça e combate a corrupção, da moralidade e ética dos religiosos, a melhoria do atendimento em saúde, de menos impostos e etc...

Creio que já não fascino tanto. Será? Qual a sua opinião querido leitor? Também gostaria de sugerir aqui ao amigo leitor que curte ler, à leitura do Livro do Jornalista e Cronista do Grupo Sinos, Aurélio Decker " Made in China o Dragão Avança".

Nele pode-se entender como se deu o processo de declínio da indústria calçadista na região. É um relato assustador mas verídico das consequências diretas e indiretas vindas do Oriente, em nossa cidade.

Convido também aos amigos leitores a conhecer meu blog no seguinte endereço:http://lordcloss.blogspot.com. Se eu achar algo sobre este universo de assuntos que ache interessante comentar escreverei na parte da tarde para o seu deleite queridos amigos. Um forte e cordial abraço a todos e um ótimo dia!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Vida Sintética


O cientista e biológo norte americano Graig Venter, criou a partir de um quadro de elementos químicos, em um sintetizador e recombinados por um computador, um genoma completo, inserido em uma bactéria cujo núcleo fora extraído previamente. O avanço de tal pesquisa, poderá beneficiar milhões de pessoas no mundo que sofrem de doenças crônicas por exemplo.

As implicações como sempre surgem, em relação a ética do uso de tal tecnologia para o futuro. A pesquisa em seu uso para a medicina, poderá criar a condição de cura para muitas doenças, permitir aos cegos enxergarem ou mesmo aos paraplégicos retornarem a andar, ou mesmo a cura para doenças mentais ou mesmo para problemas genéticos como para com os deficientes em geral. Isso em 50 anos.

Também poderá ser o primeiro passo para a colonização de Marte, ou mesmo a criação de motores orgânicos, que realizem a queima de combustível orgânico para mover automóveis, navios, aviões ou outros meios de transporte no futuro, sendo a rica fonte destes proveniente da sua própria lata de lixo doméstico, amigo leitor. Ainda assim, penso, tal invento pode ainda propiciar grandes desconfortos para a humanidade, como armas biológicas sintéticas, ou formas de vidas nocivas aos seres humanos, se não houver um controle rígido sobre o uso de tal tecnologia.

O quê podemos esperar do futuro então? Que haja o mínimo de responsabilidade e de bom senso no uso de tal conhecimento, pois ele poderá ser o alívio de muitos, mas em mãos erradas os piores pesadelos de toda a raça humana. Em Frankestein de Mary Shelley, a criatura se revoltou contra o criador e nada impede que a vida imite a arte, nos dias de hoje, vocês não concordam?

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Respondendo ao Leitor!


Caros leitores, em Abalos na Igreja, fui muito claro em vários pontos. Estou respondendo aos Leitores Marcos Antonio Boccasius Johann e Lucas, e gostaria que se possível acompanhassem o raciocínio com clareza. A Igreja Católica Romana, é sem dúvida nenhuma e indiscutivelmente, a mais antiga Religião Ocidental, em atividade e isto é um fato inquestionável, caro Marcos. Ninguém constroí mais por exemplo, panteões ou acrópoles aos deuses greco-romanos ou mesmo os cultua, confere? Isto desde que Roma caiu em 476 D.C.

Quanto ao caro Lucas, quanto a citar fatos e fontes, inclusive alguns já em correntes processos judiciais que estão sendo divulgados pela imprensa inclusive na internet pelo mundo, porquê ficaria perdendo meu tempo e do leitor atento que sabe o quê está acontecendo, citando-os? Segundo fato, eu nunca disse que a Igreja, deveria ser fiel a mim caro Lucas. Falei? Não falei. Não seria melhor a Igreja ser fiel a Deus?

Ao invés de acobertar evidentes criminosos, a Igreja deveria ser também fiel aos seus príncipios eucarísticos, criar vergonha na cara e denunciar estas pessoas à Justiça. A questão não é atacar a Instituição, mas cobrar dela pela moralidade que ela diz ter e que segundo ela é baseada em evangelhos como você mesmo citou em seu comentário. Fiel aos evangelhos? Veja a história sangrenta da Igreja e depois venha falar sobre os evangelhos e se ela segue-os ou não.

O Religioso do Clero, Católico, Protestante, Hebraico, seja de que religião for, deve dar bons exemplos sempre. Pois a ele cabe também a formação da sociedade, no que tange aos costumes. E as Instituições que se omitem, são coniventes ao não denunciar os criminosos dito religiosos.

Abalos na Igreja, a missão!


Pois não pensei que o artigo, " Abalos na Igreja" pudesse repercutir de tal forma. Como muitos sabem, sou uma pessoa devota a Deus. E quando tenho tempo vou ao culto na Igreja Protestante ou mesmo à missa da Igreja Católica, isto quando não as assisto na Televisão.

Porém, o quê a maioria dos católicos praticantes não entendem, é que não se quer atacar uma Instituição e sim cobrar-se dela pela moralidade. Não são os padres e os dogmas católicos, os primeiros a cobrar moralidade? Ou a coisa funciona na base do "façam o quê digo, e não façam o quê eu faço?"

Os religiosos se sentem ofendidos, pela cobrança da sociedade através da Imprensa, mas não tomam atitudes corretas e morais, contra os criminosos de batina. E como ficam as vítimas destes evidentes criminosos?

É dever sim, de cada cidadão batizado Cristão cobrar por moralidade, principalmente a quem a prega em seus ofícios religiosos. Independente de ser a Igreja Católica ou não. Independente de se ser médico, professor, enfermeiro, ,jornalista,empresário ou político e etc.

Ou vocês acham que agora virou um "oba, oba"? Vocês pararam para pensar em como se sentem as vítimas por exemplo? Imagino como deve ser traumático, para elas que confiaram num religioso, uma pessoa sem qualquer suspeita de maldade, e que abusou delas conforme já divulgado amplamente.

Ao invés do Papa pedir perdão, não deveria ele excomungar tais pessoas e entregá-las à justiça? Não deveria a Igreja na hora de selecionar seus religiosos para o seminário, submetê-los a testes e exames psicológicos?

A Sociedade, apenas quer que a Igreja tome duras providências. E o perdão a estes criminosos, fica por conta de Deus mesmo, penso.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Abalos na Igreja.


Domingo em Curitiba, outra vergonha apareceu para a Igreja Católica Apostólica Romana no Brasil, desta vez. O Padre Silvio Andrei de 40 anos, foi barrado pela polícia militar, completamente nú e embriagado dentro do carro, após tentar assédio a um adolescente, ainda por cima tentou subornar os policiais e convidou-os a dar uma voltinha.

Além disso existem as denúncias de um bispo por pedofilia, e alguns padres num estado do nordeste. Fora as denúncias de abusos cometidos por religiosos, estas a nível internacional. O Arcebispo de Porto Alegre, tentou justificar os abusos dos colegas de batina, dizendo: " A Sociedade atual é pedofila!" E complementou que categorias de médicos,professores e empresários abrigam mais pedófilos que o clero.

Como se não bastasse, ainda por cima mais uma declaração em defesa da hierarquia eclesiástica: " A Igreja ir lá e denunciar os próprios filhos seria um pouco estranho."

A Igreja Católica, que deveria ser a primeira a dar o exemplo, por ser a mais antiga entidade religiosa do mundo ocidental, ataca a imprensa como se esta fosse culpada por seus próprios erros. E não há nada de estranho, penso, na Igreja promover o expurgo de evidentes criminosos de batina entregando-os a Lei. Também não vejo porquê os padres não possam casar. Na Igreja Anglicana, funciona muito bem obrigado.

Ao invés de atacar para se defender, a Igreja deveria sim, entregar os infratores às mãos da Justiça. Ao invés de se manter fiéis a dogmas contraditórios, promover a renovação. Ao invés de condenar e perseguir, adotar a humildade, reconhecer e corrigir erros. Não seria a mão de Deus a punir a Igreja por seus crimes de séculos atrás? Quem sabe...

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Na Cozinha da Duquesa


As cozinheiras não param, como é difícil manter a criadagem em ordem:

Segundo fontes maldosas, o clima para hoje promete. Chuva, granizo e tempestade de raios, segundo a previsão do tempo, para todo o Estado. Algumas pessoas, afirmam que se não pararem as chuvas, se mudarão para o brejo, pois estão na iminência de virarem sapos.

A última novidade em sequestros, no Estado de São Paulo, é a de bichos de estimação. Segundo alguns jornais de lá, uma quadrilha estaria sequestrando os bichinhos de estimação, de pessoas solteiras ou idosas ou mesmo de famílias com crianças pequenas, e exigindo resgate. E assim é no Brasil, onde nem os bichos tem paz...

Fredolina Freep, a mais antiga proprietária, séria do ramo de venda de automóveis, estaria se associando a Alison Pentaylor para construir uma fábrica de carros anfíbios em nossa cidade. Fredolina, que é vendedora de carros desde 1908, vê grandes possibilidades de lucro, porém torce para que não pare de chover...

Carlos Cascadura, foi visto ontem no shopping center, comprando quilos de trajes e toalhas de banho. Perguntado sobre a incrível quantidade,que comprou, este respondeu que são presentes de Natal para toda a sua família, e vizinhos, que irão dispensar o veraneio na praia, para usufruirem da opção local, o Arroio Luis Rau.

Alison Petaylor cientista hamburguense, demonstrou hoje pela manhã, sua mais recente invenção para pedestres em dias de inundação e chuvas torrenciais. O tênis flutuante. O calçado, demonstrado, já tem propostas de produção e comercialização, segundo o cientista, que está a pensar nos bilhões que terá de lucro, em royalties de produção e venda...

Continuam a aparecer crateras, em vias já restauradas, pela "Operação Tapa-Buracos" da prefeitura! Cidadãos questionam sobre a qualidade do asfalto, que é utilizado na reparação.

Fontes nada confiáveis, continuam a perpetuar a crença do fim do mundo, o último caso teria ocorrido, quando Plínio Pleno, um estudante local de dez anos, teria dado um susto em sua avó ao anunciar um certo filme, de um certo grupo de piratas, no fim do mundo...

Fim do mundo mesmo, é alguns cidadãos esperarem que com os pedidos de volta de um certo ex-prefeito, na próxima eleição, ele de fato resolva o problema da demora, nos reparos de luz. Será que pensam que ele é socio da Distribuidora? Ou querem que ele suba nos postes e faça ele mesmo os reparos?

Assim que o céu escurecer, anunciando mais um temporal, segundo as redes de televisão, começara o desafio de uma certa Distribuidora de Energia em atender as chamadas e executar os reparos, o mais depressa possível. Alguns cidadãos querem apenas conferir, se a mesma vai deixá-los na mão, como fez da última vez...

Só vi tempestades assim, no Triângulo das Bermudas, disse ontem o último marujo sobrevivente do luxuoso Transatlântico Kipenic, da empresa Black Iron Star, em 1915. Tal afirmação se deu durante sua passagem em São José do Hortêncio, na semana passada, quando ia visitar seus parentes do interior...

Estas notícias foram mais um oferecimento de: Funerárias Vá Com Deus, Automóveis da Vovó Fredolina Frepp, Lavanderias e Tinturarias Gato Preto, Farmácias da Duquesa, Restaurantes Angú do Gosma e Lavax, o sabão em pó amigo da dona de casa.

Na Cozinha da Duquesa


Mais notícias saídas do forno:

Vereadores de uma certa cidade fazem moção de repúdio, com comentários, maldosos, direcionados aos colaboradores da imprensa, ao Supremo Trbunal Federal. Os colaboradores, por sua vez, fizeram o mesmo tipo de documento, contra o analfabetismo e desqualificação de diversos, membros da vereança local, ao STF.

Joaquim Farofas, cidadão de Novo Hamburgo, foi visto ontem, passeando pelo centro, com guarda-chuva e carregando um blusão de lã. Apesar de estar de bermudas e regata, disse ainda, que, com este clima maluco, o negócio é estar preparado para tudo...

Ainda sobre a dita Moção de Repúdio: será que os Ministros do STF irão ler ou atender aos ditos vereadores? Alguns vereadores não estão preparados para o cargo, e não vale a pena votar mais mesmo, dada a quantidade de besteiras que falam, fazem ou escrevem. "Me solidarizo, com quem não foi eleito e gastou dinheiro na campanha eleitoral e estava mais preparado para a função, disse Carlos Cascadura."

Alison Pentaylor anunciou seu mais recente invento ontem a tarde. Tratá-se de um radar de corruptos. Tal invento, promete ser a sensação do ano. Infelizmente as cozinheiras acham que é um aparelho impróprio, dentro de algumas repartições públicas, pois pode explodir, devido ao número de corruptos. No Congresso nem pensar, disse uma.

Ventos de 109 km/hora varreram a região de Pelotas e Rio Grande ontem a tarde, causando prejuízos e destruindo o quê lhe passa-se a frente. O Vale dos Sinos, foi poupado desta vez, das chuvas torrenciais. A pergunta é até quando?

A foto de hoje, é do último alagamento, na esquina das Nações Unidas com a Rua Guarujá, no Bairro Ideal.

Eu voltei


Alguns amigos e leitores do Jornal NH online me escreveram perguntando se eu estava doente, se havia morrido, se havia sido preso por escrever aqui muitas vezes, contra o PT e etc. Bom, estou aqui amigos, porém, como escrevi na segunda-feira, terei de escrever em volume muito menor para vocês.

Quem não leu ou não prestou a atenção no que escrevi, preste a atenção agora, por favor. Devido ao fato de eu ter iniciado 2010 trabalhando, e por realmente gozar de pouco tempo, além do cansaço que é resultante do processo laborativo, não tenho tido também muita motivação para escrever.

Como gozo de folgas em datas pré-definidas, escreverei mais esporadicamente. Muitas vezes fico muito cansado mesmo para entrar na Internet e colocar aqui textos para vocês meus amigos poderem saborear.

Mas não quer dizer que abandonarei o espaço. Não. Continuarei aqui, porém, com um ritmo menor e espero que compreendam. Se ao menos um certo jornal me contratasse para escrever... Oh! Devaneio que corta-me a alma. Aí poderia escrever praticamente diariamente para vocês, não? Enfim, deixemos de sonhos e falemos da realidade.

Naturalmente deixarei aqui, textos e comentários como habitualmente e porei em destaque os assuntos do momento. A lida é dura, disse a formiga, amigos leitores e cronistas. Então um forte abraço a todos vocês e obrigado pelo seu interesse por minha pessoa. Um ótimo dia a todos.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A Bastilha.


A Bastilha, em Paris, foi por muitos séculos o maior temor de qualquer cidadão francês. A prisão que ficava ao lado da primeira delegacia de polícia de Paris, era a prova de fugas dado o excesso de cuidados para que os presos não fugissem.

Sem qualquer privilégio, homens e mulheres eram torturados e acorrentados. Nobres, clérigos, burgueses e cidadãos do povo, que caíssem em desgraça perante o Tribunal de Paris presidido pelo Rei, conviveriam com péssimas condições de higiene, ratos e má alimentação. Alguns historiadores concordam em dizer, que o fedor do local era tal, que mesmo os guardas usavam lenços umidecidos com perfume para aliviarem seus narizes da morrinha que exalava dos apenados.

Ainda assim, deve-se dizer, que às mulheres presas na Bastilha ainda tinham algum privilégio, como celas separadas para poderem rezar ou bordar, banhos aos sábados e roupas limpas, enquanto esperavam pelo término de suas penas ou enquanto aguardavam à morte pelas mãos do carrasco.

A Europa herdou o rigor, em seu sistema juciário após a queda do absolutismo nos séculos XVIII e XIX. A Bastilha caiu pelas mãos do povo francês, mas o rigor com as punições para os crimes no sistema judiciário não. E o mesmo se observa em outros países da Europa e em suas colônias nas Américas.

Porquê não herdamos, em nosso sistema judiciário o mesmo rigor? Porquê nosso sistema judiciário não exalta o rigor contra às bárbaries cometidas por Sanfelices e Roselanis? Devido aos costumes enraizados e a cultura do Velho Mundo, os espanhóis não entenderam nada em relação ao Caso Sanfelice. E com razão, pois quem em sã consciência deixaria um assassino monstruoso, solto no regime semi-aberto?

Sanfelice e a opinião pública espanhola.


Apesar de especialistas em Direito Internacional afirmarem que Luis Henrique Sanfelice dificilmente voltaria ao Brasil, ontem o Juiz espanhol Dr. Ismel Moreno contrariou às expectativas de todos. Ao indeferir o pedido do mesmo de ficar na Espanha e dar início ao processo de extradição.

Para tristeza do réu e alegria dos seus milhares de fãs aqui que querem que ele seja punido com o rigor. Rigor este, que a Lei deveria primar e não prioriza, conforme já comentado em minhha última crônica.

A opinião publica espanhola chocou-se com o fato, do foragido ter cometido um assassinato com requintes de crueldade, contra a vida da própria esposa. E ficou espantada com o fato do mesmo estar no regime semi-aberto e não ter sido condenado à uma prisão perpétua.

Se nós que vemos o nosso sistema judiciário com muitas falhas a serem corrigidas, imaginem que imagem ele tem agora internacionalmente. No mínimo os espanhóis acham-nos um bando de bárbaros ou então que amarramos cachorros com salsichas no Brasil.

Acham que não? Eu me lembro que o Promotor Eugênio Paes Amorim, pediu pena máxima no julgamento realizado no Salão de Atos Universidade Feevale. E o juiz deu apenas 19 anos.

Ainda assim por um furo na Lei, ele conseguiu o benefício do regime semi-aberto, quando deveria ter sido por puro bom senso ter sido negado. De quem é a responsabilidade da fuga? Da Justiça em primeiro grau amigo leitor e de nós, que não cobramos atitudes mais duras contra criminosos em segundo grau.

Cobremos ações mais efetivas de combate e punição ao crime, ou as Beatrizes ou Flávios da vida terão perdido suas vidas em vão.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Sobre cultura


Lembrando ainda aos amigos cronistas Janete e Marcos, que a cultura pode ser feita sim, e a baixos custos. Também pode, se bem organizada sob forma de Evento, dela se tirar bons frutos em termos de turismo.

Quando propus aqui o tombamento do Solar dos Adams, bem como da fábrica em anexo, por serem patrimônio cultural e histórico de nossa cidade, o fiz, unicamente, por pensar que tal espaço, poderia também servir como um espaço cultural, para a divulgação das artes, do teatro, que carece de espaço para apresentações, além de servir como referência, com uma escola comunitária sobre gestão em negócios, voltados para o calçado, e um museu em homenagem ao sapateiro. Porque a velha fábrica de Pedro Adams, pode ser uma referência cultural além de seu antigo solar? Primeiro, porque foi ali, tanto na casa quanto na fábrica, que muitas reuniões ocorreram, entre os principais membros do movimento emancipacionista. Segundo, o espírito de inovação tecnológica, de mentalidade progressista, o desejo de melhorar e crescer, ali habitaram por muito tempo, criando raízes na nossa comunidade, pois não foram um ou dois ex-funcionários de Pedro Adams, que anos mais tarde, abriram suas próprias firmas, contribuindo assim, para esta cidade crescer.

Foi próximo à esquina da Silveira Martins, com a Júlio de Castilhos, que a cidade de Novo Hamburgo conheceu a energia elétrica, onde começaram as instalações telefônicas, surgiu a primeira fábrica moderna de calçados, o primeiro banco, e onde hoje está o espaço Yazigi Internexus, foi construída a primeira intendência (prefeitura primeiro, delegacia de polícia depois). Tal trecho da Júlio de Castilhos, deveria ser tombado, preservado e transformado em espaço para a divulgação da cultura, dado o espaço que proporciona para tanto. Além disso, o mesmo espaço pode ser ainda um moderno museu, e portanto também um ponto turístico aberto à visitação pública.

Cidades menores que a nossa, como Campo Bom, possuem atrações bem mais interessantes, isto no que tange a acesso por automóvel ou ônibus, inclusive visitadas por pessoas da própria cidade, além das de fora.

Somos uma cidade, grande perto das pequenas que nos cercam, e o padrão de opções de cultura e lazer, são pequenos relativamente, tanto que as pessoas não conhecem direito em nossa cidade, os espaços culturais e turísticos, como a Fundação Ernesto Frederico Scheffel por exemplo, que tive o grato privilégio de visitar, várias vezes. Muitas vezes as pessoas, saem da cidade, devido a falta de opções dentro do perímetro urbano, indo para outras localidades, que oferecem opções mais atraentes e gastando seu dinheiro nestas localidades.

Muito tem se discutido, pelo que acompanhei pelo nosso querido Jornal NH, há anos, porém também entre algumas entidades culturais e universitárias, parece que as divergência de opiniões têm sido brutais, no que tange a desunião no meio artístico e intelectual daqui. Este clima de cizânia, é criado muitas vezes, por pomposidades e vaidades desnecessárias, muitas vezes por donos da razão, inclusive título este ao qual já fui rotulado várias vezes. E também o principal responsável, pela estagnação cultural, uma vez, que sem união, acima destes comportamentos narrados, não há como se reivindicar o que quer que seja, justamente por não se levar a sério um movimento desunido... Ninguém, políticos, sociedade, igreja, e os membros da intelectualidade e artes em geral, acredita em movimentos desunidos.

Assim como um dia as professoras do Município, abraçaram o prédio da Semec, na Primeiro de Março, impedindo sua demolição, os artistas e intelectuais de nossa cidade, deveriam abraçar a cultura de nossa cidade, e unirem-se em proporem ideias viáveis, para a divulgação desta.

O Dia das Bruxas


Tirem as crianças da frente de seu microcomputador, pessoas nervosas ou com coração fraco, por favor não leiam os artigos a seguir, pois começa aqui o meu primeiro Dia das Bruxas no Online, em que promovo para a alegria dos leitores, histórias macabras e cabeludas, de arrepiar os cabelos e dar nó em gogós.

Há algum tempo, numa data próxima ao Dia das Bruxas, um vereador de uma certa cidade foi viajar, para um dito evento que não existiu, na cidade de Santa Maria, hospedando-se inclusive em um Seminário da Igreja, dando sumiço em um dinheiro público, que nunca mais foi visto... E ainda assim, o parecer da Assessoria Jurídica da Câmara, aprovou as contas de viagem dando pareceres favoráveis a este mesmo homem, em vísivel e antiético ato, após este triste episódio...

Algum tempo se passou, a população inquieta se perguntou pelo dinheiro e foi questionar o vereador, que desconversou imediatamente sobre o assunto. Disse este ao povo, que tudo que havia feito, havia sido aprovado pela Câmara. Só não havia informado a mesma e ao povo, que não houve evento algum, de modo que foi assim mesmo, sem prestar contas, levando o pobre dinheiro público, junto, sem que este soubesse sobre seu terrível destino.

Algum tempo depois, fenômenos estranhos começaram a se manifestar na Câmara, à noite, com luzes, vozes, objetos que levitavam pelos ares e sons do além cofre. Os guardas da noite, temiam estes fenômenos se recusando a ficar dentro do prédio da Câmara de Vereadores.

Era o fantasma do dinheiro sumido, que inconformado com seu destino de sumiço, sem maiores explicações, começou a atormentar a todos políticos e funcionários, que se aventuraram a entrar na Câmara de Vereadores à noite, pedindo justiça, dando gritos e gemidos de arrepiar os cabelos, pelos corredores, pelas salas, pelos banheiros e pelo plenário da instituição... Inclusive jogava objetos nos vereadores que resolvessem ficar até mais tarde, nas dependências do edifício, não permitia sessões noturnas, gritando muito alto, arrebentando as vidraças, e as vezes cadeiras, na cabeça dos sete veredadores, que eram mais cabeças duras.

Um bispo (Carlos Cascadura) e seu assistente, um prefeito(Joaquim Farofas) são chamados para benzer e exorcisar o local, porém o dinheiro aponta para eles e diz, vós sois os culpados! E começou a atirar neles, bolinhas de lama negra, móveis e objetos que lhe passassem por perto.

Ao bispo que ficou de cabelos brancos e ao prefeito que poucos cabelos tinha, porém, se arrepiou todo de medo. Restaram apenas a fuga, sendo que a dita Câmara foi isolada, sendo proibida a entrada de pessoas à noite, inclusive a dos guardas, diante a revolta de dita entidade ectoplásmica. E até hoje, as pessoas que moram nas imediações deste local juram que ouvem o espírito do dinheiro público, que sumiu misteriosamente, clamar por justiça, ao som de móveis que se quebram, correntes que se arrastam e de luzes bruxuleantes que se movem, entre as janelas, por dentro do prédio às escuras. Sendo que ninguém se atreve a entrar neste local e alguns especialistas sobre parapsicologia e direito tributário afirmam que estes fenômenos só cessarão no dia em que a verdade for esclarecida e o culpado pelo sumiço do dinheiro público for punido.

O Dia das Bruxas II


Há também a história da cidade que tinha tantos buracos em suas ruas, que pareciam um queijo suíço. Dizem que uma bruxa amaldiçou a cidade há muitos e muitos anos, por conta de seu IPTU que era altíssimo e por que não lhe era concedido o desconto, devido a sua alta idade. A mulher de duzentos anos de idade ainda se prestara a parar em filas, mais de uma vez, pois sempre faltavam documentos, segundo lhe informaram, com sua vassoura à mão, para fazer seu cadastro de isenta. E além de ser muito mal atendida por funcionários que estavam preocupadíssimos com seu habitual chimarrão, negaram à ela, ainda por cima, o direito à isenção.

Furiosa com tal descaso, ela tirou de sua toga negra, uma varinha de condão, e amaldiçoou os funcionários, dizendo-lhes inclusive, que estes não teriam mais paz em seu ofício, que seus salários um dia seriam reduzidos, e que se manifestassem e resolvessem entrar em greve, angariariam a antipatia da população local. Disse ainda que para os que duvidassem de sua maldição, que a cidade toda, pagaria pelo descaso de seus políticos, pois daria de presente a esta, tantos buracos, quanto foram contadas as crateras da lua. Estes riram da velha, bem como de seus ditos, e esta saiu furiosa do Palácio Municipal e nunca mais foi vista.

Próximo à Prefeitura desta cidade, surgiu um pequeníssimo buraco, que sem muita impôrtância dada, não foi reparado. E assim, vários buraquinhos iam surgindo, ao longo das vias, sem maiores consequências. Quatro anos foram passando e os buracos, mágicos, começaram a crescer e crescer. A cidade trocou de prefeito, na esperança de que este resolveria os problemas mais urgentes da cidade.

Alguns buracos eram imensos e quebravam rodas e ponteiras de eixo de automóveis incautos que se aventuravam pelas ruas. O prefeito, mais preocupado em aprovar leis bobas em relação a supermercados e minimercados, não via que inclusive os buracos estavam em número tal, que seria um milagre se logo não aumentassem mais e engolissem os carros, ao invés de danificá-los.

O prefeito chamou um bispo para benzer cada buraco, porém além das benzeduras não funcionarem diante evidente maldição, eram tantos que seria necessário pelos menos uns mil bispos ou padres para se tentar exorcisar este fenômeno que se alastrava pela cidade toda. Infelizmente quiz ainda o destino, que por perder tempo com questões tolas e pouco práticas, o prefeito não visse que há quatro gestões passadas haviam sido vendidos os equipamentos de reparo e manutenção das vias públicas, fato este, que traria demora à solução do problema.

Os buracos começaram a se unir, pois a distância entre eles havia diminuído, de modo que agora engoliam carros, caminhões, bicicletas e o que se atrevesse a se aventurar na malha asfáltica. As obras que começaram com atraso já não comportavam o tamanho do problema e o prefeito já tinha mais uma preocupação, pois em nome da economia do erário, tencionava mudar o plano de carreira de seus funcionários municipais, uma vez que havia um buraco no orçamento do erário público.

Diante a uma greve iminente e buracos que não paravam mais de crescer, o prefeito, em desespero, foi procurar pela mulher, que segundo algumas pessoas que presenciaram o fato, indo procurar a Prefeitura anos antes, diante os problemas que se manifestavam na cidade, haviam presenciado a cena da maldição. Resolvido a dar um fim àquela maldição terrível que agora além dos problemas com funcionários, antipatia popular e dos buracos que se alastravam em direção às calçadas, engolindo cidadãos incautos que ali trafegavam, iria procurar a bruxa.

Ao chegar, no alto da montanha mais alta dos arredores da cidade, o prefeito gelou e se arrepiou todo, pois no local onde deveria estar a casa da mulher, havia apenas um buraco quadrado.

A moral desta história, pode ser: jamais subestime uma bruxa.

O Dia das Bruxas III


Havia em uma pequena cidade um funcionário de um curtume, que habituado a fazer o que queria, e cometer as maiores injustiças e barbaridades possíveis, um dia se deparou com um fato estranho.

Este dizia sempre às pessoas com quem se envolvia em suas relações íntimas, que "ninguém era de ninguém", jamais se apaixonara de fato, levando apenas para as pessoas, a ilusão e as promessas de casamento, sendo que depois abandonava as pessoas a quem enchera de esperanças. Sempre dizia a si mesmo que não podia se apaixonar, e por isto, se transformara em um canalha.

Criado durante o período da famosa "Lei de Gérson", subiu em sua carreira na empresa em que trabalhava, puxando o saco, e inclusive, sendo um garoto de programa pago por um dos seus patrões. Em suma um gigôlo também. Ainda tinha a audácia de se servir dos automóveis pertencentes a mesma empresa, bem como da família dona desta, sem que seus superiores o soubessem, e apresentava inclusive, tais veículos de patrimônio de outrem, a amigos e família como se seus o fossem.

Um dia, após magoar mais uma pessoa, seriamente, com a sua canalhice e frieza, habituais, e sair do apartamento desta, que gritava de inconformidade, pela desilução e lodo deste homem, as mais terríveis maldições e impropérios, aos quais este último, que chamaremos de João, fazia ouvidos moucos.

Acontece que ao sair do prédio, se deparou na porta com um gato preto. Mas ao invés de atravessar o seu caminho como se espera, em lendas e superstições, o animal parou e se pôs a olhar fixamente em seus olhos, o que deixou-o arrepiado. O gato ficou ali, olhando para o homem, e este teve a sensação de que se passava uma eternidade. Porém poucos minutos após, o animal parou de olhá-lo e seguiu o seu caminho.

Na mesma noite, algumas semanas antes ao Dia das Bruxas, o tal homem teve os mais terríveis e medonhos pesadelos, tendo como protagonista ainda o gato preto e seu olhar fixo. No dia seguinte, antes de ir ao trabalho, o impiedoso homem, ao fazer a barba no banho, teve seu espelho rachado ao olhar para ele. Fora isto, um tombo no box do banheiro lhe concedera terríveis dores. Tivera sorte em não se ferir seriamente, pois estava só em seu apartamento.

Daquele dia em diante, ainda a cotação do dólar, começara sua queda vertiginosa, e como vendedor de couros, sua gorda comissão, poderia ser afetada seriamente no futuro, ameaçando seu padrão de vida. Para seu azar, ainda naquele mesmo dia, recebera mais uma péssima notícia: seu pai recebera o diagnóstico, do oncologista, e sendo o único filho homem de quatro filhos, se sentia responsável pelo custeio em parte do tratamento do câncer do homem idoso.

Vendeu o apartamento o qual detinha apenas as chaves, os carros de luxo, e comprara portanto um usado mais popular e alugado um pequeno quitinete. Ainda por cima as noites eram um suplício, pois detinha mis pesadelos, e sua onda de azar era interminável.

(continua)

O Dia das Bruxas III - Conclusão.


Seu joelhos começaram a incomodar e precisou de uma cirurgia em um deles. O dinheiro assim que chegava, ia embora, e o grosso fora usado no tratamento de seu pai, que acabara por morrer. Os pesadelos com o gato e outros fatos surreais o atormentavam, que chegou a pensar que o quitinete em que morava era o fator principal. Então mudou-se para a casa da mãe, utilizando o espaço para encontros íntimos. As cotações do dólar o infernizavam e durante anos não conseguiu mais reaver seu patrimônio perdido.

Sempre às vésperas do Dia das Bruxas, João tinha mais pesadelos, pois se não tinha consciência, como podia ter se deixado atingir, por um simples olhar de um animal irracional? Cismado procurou a Madame Ment´e Rosa, médium espírita vidente e mãe de santo nas horas vagas, além de cigana, que disse que este deveria acender uma vela amarela em Dia de Finados, para que sua situação melhorasse, pois estava azarado, por maus atos que deveria corrigir de pronto.

Como era mais fácil acender uma vela, João o fez, porém dali em diante mais desgraças ocorreram. Suas irmãs se divorciaram e foram morar com ele, a mãe levando suas sobrinhas junto. A operação no disco do joelho começara a incomodar. Uma das irmãs mais novas começou a manifestar mais problemas de saúde, engordando anormalmente e ficando com o rosto tão inchado que as pessoas a confundiam com o Fofão do Balão Mágico. A empresa onde travalhava há quinze anos dava sinais de fraqueza, ameaçando volta e meia fechar as portas, unicamente porque o volume exportado estava muito menor que anos antes. A mãe morrera de causas desconhecidas, pois seu exames anteriores não acusavam doença e ele mesmo estava se sentindo doente.

Uma noite, anos depois, na véspera do Dia das Bruxas, além de estar seriamente ameaçado em perder seu trabalho, ainda tinha que sofrer processos judiciais, de ex-namoradas e namorados (pois não é que João era bissexual?) por danos morais e psicológicos que ele infringira a várias pessoas, concluiu que unicamente, estes todos os fatos ocorridos aconteceram por ele ser um egoísta de marca maior. E não poder, segundo ele mesmo, se apaixonar, promovendo o mal ao coração de diversas pessoas, que estavam evidentemente revoltadas com ele e seus maus hábitos.

Resolveu então, voltar ao local onde o gato aparecera anos antes, só que desta vez, realmente arrependido por seus maus atos e disposto a pedir perdão a garota que magoou. Ao descer de seu carro, agora popular, foi à frente do edifício e viu que havia uma placa de aluga-se e vende-se, no apartamento correspondente ao de sua namorada na época, a quem enrolou durante meses e meses.

Encontrou o porteiro e perguntou se a fulana de tal não morava mais ali, ao que este respondeu que ela havia morrido há alguns dias e a família havia posto o imóvel para aluguel ou venda. Desiludido, pois queria realmente ser perdoado e ter o fim de seu azar, João sai do prédio e se depara mais uma vez, com o mesmo gato, que a estas alturas deveria estar morto. O animal parou novamente, olhou fixamente em seus olhos e João viu faíscas vermelhas brilhantes como fogos de artifício saindo dos olhos do gato.

Com dificuldades e de joelhos, João pediu perdão, disse que se arrependeu, que fora maldoso, que cometera maus atos e que faria o possível para se corrigir. Ao que o animal, pronunciou seu nome, com um tom de evidente deboche, sumiu em segundos, numa nuvem de vapor branco. João nunca mais fez ou praticou o mal a ninguém, nunca mais pegou o que não fosse seu e, tampouco, enganou quem quer que fosse. Procurou ser realmente sincero e manter amizades sinceras e normais, porém, ficou sozinho e viveu recluso, nunca mais se envolvendo com ninguém, pois temia ferir quem entrasse em sua vida e de ter de encarar mais uma vez o gato preto.

O Dia das Bruxas IV


"Jamais contrarie a vontade do morto". Esta é a moral que meu avô passou, em um conto que apesar de não ser de terror, chegou até mim e acho que serve também para marcar o Dia das Bruxas. Fosse para fins de distrair-me ou não, meu pai repetiu esta história assim como ele, algumas vezes na minha infância.

Pelos idos dos anos 50, haviam duas casas funerárias em Novo Hamburgo, sendo que uma delas, a mais antiga, pertencia aos meus tios-bisavós, Edmund Porsche e Teolina Schneideir Porsche, localizada hoje, na travessa da Avenida Pedro Adams, com a Júlio de Castilhos, no Casarão da Droga Rio Matriz. E o tio Edmund bem como seus filhos, dirigiam os diversos carros fúnebres, oferecendo o serviço ferétrico para diversas famílias da região.

Conta-se que certa vez, meu avô que trabalhava de motorista para uma firma de calçados e que as vezes também fazia um extra, pilotando os rabecões dos tios, para o ganho de uma graninha extra, gostava de tomar um "schneips" no antigo Café Avenida. E um amigo dele e dos primos dele, bebia demais, sendo que muitas vezes saía do referido estabelecimento carregado pelos companheiros de copo. Um dia, um dos clientes habituais do estabelecimento disse ao homem que este ainda seria levado pelo rabecão do Edmund, de tanto beber, quando este passava por ali, ao que respondeu indignado: "No dia em que me for, carro fúnebre algum me carregará para dentro do Municipal. Terão de me levar até o meu túmulo me carregando nos braços, decentemente."

Passaram-se meses, e em agosto daquele ano o rapaz, de tanto beber, morreu. O ofício foi prestado pela empresa de meus tios. Meu avô foi chorar a morte do amigo e compareceu às cerimônias religiosas, além de ir ao enterro dirigindo o rabecão.

Porém, quando o carro fúnebre chegou no limite do portão do Cemitério Municipal, o automóvel simplesmente parou de funcionar. Ele não morreu e não apagou, simplesmente desligou mesmo e não havia Cristo que o fizesse pegar ou ligar. Sendo que amigos e familiares como o meu avô, empurraram o veículo e parecia que uma mão invisível gigante não permitia, que o veículo se movesse para frente um centímetro que fosse.

Então desceram o caixão do carro e o levaram a pé até o fim do cemitério (perto de onde hoje estão as famosas gavetas), carregando-o nos braços, para enterrá-lo no jazigo de sua família.

Meu avô comentou ainda que a cada passo que davam o caixão parecia mais pesado, isto que o dito homem não era gordo ou grande, sendo então franzino, de modo que ninguém poderia explicar que tal peso morto, pudesse ser tão pesado. Porém este ficou mais leve, uns poucos passos, próximo ao túmulo.

Foram feitos os ofícios religiosos e após as últimas despedidas, todos foram saindo de perto e indo embora pelo portão principal. Qual não foi a surpresa, para meu avô, os primos dele, os amigos e a própria família do rapaz, quando na porta do Cemitério Municipal, o carro fúnebre antes desligado, esperava por eles, com motor e faróis ligados, como se nada houvesse acontecido? Se a história é mais uma lenda urbana, não sei, porém dados os fatos que foram narrados e mais amigos do meu avô, confirmaram porque presenciaram o evento, aprendi a respeitar mais os fatos sobrenaturais e a famosa frase de Eistein: "Há mais coisas entre o céu e a Terra do que supõe a vã filosofia."

Um Feliz Dia das Bruxas a todos os amigos leitores do NH Online!

(Publicada em série 30 de Outubro de 2009, véspera do Dia das Bruxas.)

O Dia das Bruxas V


Como sei que trabalhar em Jornal não é fácil e deve haver dedicação e sacrifícios, para tanto deixei este texto guardado, para ser postado, como a chave de ouro no encerramento do Dia das Bruxas, vamos a ele então:

Esta história começa, num dia, às vésperas do Dia das Bruxas, e é sobre uma mulher de classe média alta, que torturada por terríveis e monstruosas visões. Um dia ela desperta, pela manhã do dia 31 de Outubro, em meio aos cadáveres de seus entes queridos, dilacerados, no meio da sala de seu moderno e luxuoso apartamento.

Olha a sua volta, e vê sangue para todos os lados. Porém, o curioso, é que ela está estranhamente limpa, e vê-se, usando uma toga branca, que sequer lembrava-se de ter posto.

Curiosa com o fato e ao mesmo tempo nervosa, com o mar vermelho coagulado, em seu lindo tapete felpudo, que vê diante de si, ela corre até a área de serviço, a procura de um balde e um esfregão. Pois seu primeiro impulso é de repugnância ao horror espelhado na sala e a idéia fixa de se limpar a sujeira.

Porém, na área de serviço, quando esta prestes a pegar nos objetos necessários, ela para por um momento e pensa, mas o quê aconteceu? E olha dentro do balde, e não consegue ver o seu reflexo. Porém ouve uma voz cavernosa, como se viesse do outro lado do imóvel, que diz em alto e bom tom: " À meia-noite...À meia-noite... Espere pelo julgamento..."

Arrepiada, pergunta quem está aí, mas ninguém mais responde. Volta a sala, e resolve que chamará a polícia. O pior de tudo, pensa, é que não se lembra do quê aconteceu. Vê o esposo, com quem nunca teve filhos, o irmão e o sobrinho, e ao lado dos corpos, um machado tingido de vermelho, não sente compaixão, só fica pensando na sujeira, na confusão que isso trará para ela.

Corre até o quarto, e se depara com uma cena estranha, pois em cima da cama, ela mesma, com um revólver a mão, jazia deitada e prostada de costas, olhando portanto para o teto. Olhos castanhos vívidos, olhando para o infinito e junto a têmpora, um filete vermelho ressecado devido a coagulação.

Quase desmaiou, porém, ao invés disso, foi encarar o corpo, que parecia um boneco de cera, do museu de Madame Tossaud. Seria uma brincadeira de mal gosto de seus parentes?

Olhou de perto, e parecia muito real. Porém o quê estaria acontecendo? Pensou muito, foi a sala novamente e se deparou com aquela cena. Surreal, bem ali no meio de sua sala. Já não sentia mais nojo, sequer medo, estava agora fria, após o choque que sofrera e agora examinava bem de perto os corpos.

Já havia cheiro, e portanto não era realmente uma brincadeira. Era verdade. E correra novamente ao quarto, na esperança de entender o quê estava acontecendo. Sentou-se a cama, ao lado do corpo, e pensou: " Para quem ligo primeiro? Bombeiros ou polícia?"

Mas que tolice, pois se haviam colocado até uma perfeita sósia, para assassinarem em seu lugar. Porém, com que intuito? Seria uma louca, amante de seu marido, que adentrou o apartamento e matou a todos? E quando a viu, teve um choque e se suicidou?

Seja como for, ela era perfeita demais e isto a incomodava. O mesmo gosto pelas roupas, pelas jóias e até sabia onde estava a arma de seu esposo, pois pelo visto era a dele que jazia em suas mãos pálidas...

Ficou ali, sentada meditando por horas, caiu a noite, e ela sem se ater para as horas que passavam, tentava entender o quê estava acontecendo. A sua sósia, até descuidadamente deixou a porta do closet de seu quarto, aberta, pensou, e fez evidente bagunça. Ela detestava confusão, sendo metódica, resolveu arrumá-las. Porém dentro do clouset, envolto em trevas, ela resolveu ligar a luz, o quê não ocorreu. Ouviu o carrilhão do corredor, herança de seu avô, tocar as doze badaladas.

Minutos depois, antes mesmo de tocar em qualquer peça de roupa, assustada ouviu a mesma voz fantasmagórica, troar pela casa, novamente dizendo: " O julgamento esta encerrado, que seja executada a sentença." Sentiu um arrepio, e quando se virou para o fundo do armário, viu seis olhos vermelhos, emergirem do nada, do fundo do closet escuro, como se viessem de longe, como se o armário embutido fôsse um túnel ou uma passagem. Nos seus pés, uma névoa gelada e vermelha brilhante a envolvia. Assustada, ainda tentou correr, para fora, porém a porta se fechou trancando-a. Os seis olhos vermelhos, bem próximos de si, e um bafo gélido, foram as últimas coisas que sua alma viu neste mundo.

Construção de valores


Pois como disse a Josina, existem diversos fatores negativos que devem ser mudados em nosso País. A falta de valores, principalmente familiares, tem sido promovidos, justamente devido a estagnação social e econômica dos últimos 15 anos. Tal fenômeno é mais visto em locais como o Rio de Janeiro e São Paulo, onde o poder público pouco investe em programas sociais que mudem a realidade das pessoas e criem alternativas viáveis de crescimento cultural, político e econômico.

Existe ainda o descaso dos pais na educação de seus filhos, ou a omissão, que levam muitas vezes às tragédias sociais, como temos assistido em telejornais mais recentemente. À marginália, já ronda a classe média alta e a classe rica deste País, inclusive com risco de morte, para os genitores de ontem, que se omitem na educação de seus filhos também. Provas de tais desajustes, são crimes que já citei aqui, como o de Roselani, do Sanfelice e da Suzanne Richthoffen.

Não há uma política firme e forte no quesito da validação da lei ou de mudanças legislativas que coibam duramente o crime. Nosso sistema penal não comporta o número de presos, pelo evidente aumento de detentos e apenados pela lei e pela falta de investimentos pesados na economia do país e da educação. O crescimento econômico é o fator positivo que pode alavancar a sociedade e possibilitar a inovação e trazer mudanças!

Vocês acham que falo bobagens? Muito pelo contrário. Países que crescem economicamente e investem pesado no social possuem taxas de crescimento criminal bem menores. São exemplos fortíssimos sobre crescimento econômico e investimentos sociais a Suécia, a Dinamarca, Singapura, Islândia e Canadá, entre outros.

Portanto, é impossível que possamos mudar, sem que haja o crescimento econômico e a cobrança por nossa parte aos políticos de políticas sérias em relação ao social. Pois uma coisa leva a outra. Isto é uma cobrança que independe de partidos, de agremiações políticas ou filosoficas.

Tenho defendido aqui o fim da estagnação econômica, que todos os hamburguenses desejam, isto embasado na pesquisa, boca-a-boca, pois inclusive já perguntei novamente para várias pessoas, até mesmo as que não conheço, no ônibus, no bairro, em meus passeios a casa de parentes. É unânime. Novo Hamburgo precisa mudar e crescer. Só o prefeito e a Câmara parecem não ter visto isso ainda e não faço ideia de como, pois é tão evidente.

O plano de carreira, a polêmica

Pois eu não entendi. Os funcionários públicos parecem ter sérios problemas em relação a ordem de suas faculdades mentais. Pois vejam que o prefeito fala nas mudanças necessárias à preservação no futuro das contas de nosso erário, sem prejudicá-los, agora e em suas aposentadorias. Digo nosso erário, pois somos nós os cidadãos hamburguenses, de nossa comunidade, quem pagamos, em maior ou menor grau e quem sustenta de fato a todos os funcionários públicos municipais, diretamente falando, é claro.

Porém, parece-me que alguns agitadores políticos comunistas, que não tem nada de melhor a fazer, estão querendo esculhambar o futuro do erário municipal, em uma legislação que está caduca no que tange aos vencimentos dos funcionários públicos. Fala-se em greve, que é ilegítima, pois se o prefeito diz que não fará alterações nos planos de carreira existentes, inclusive não dando efeitos retroativos à medida, porque a dita inconformidade destes, perante o assunto?

Existem realmente alguns excessos, segundo o divulgado hoje na página da política, pois vejam que um professor municipal em sua aposentadoria, pode ganhar o mesmo que um colega mais especializado, inclusive com doutorado ou pós graudação e que tenha lecionado em faculdade. O que me parece realmente um exagero.

Infelizmente quis o destino, que nossa cidade estagnasse e que não fossem tomadas medidas de crescimento real, nos últimos quinze anos, por pelo menos, quatro gestões passadas. Também quis este, que em meio a falência generalizada de empresas em nossa cidade, um plano de carreira, que não previa, a criação do Plano Real e a estabilidade econômica, fosse criado devido a hiper-inflação.

Hoje Novo Hamburgo pouco arrecada em ICMS e já não é, há tempos, a terceira economia do Estado. Enfim, mudanças devem ser feitas concordo, porém me pergunto quando serão tomadas medidas que beneficiem os setores comerciais e industriais para que gerem riqueza para nossa cidade?

Acho que entre as mudanças, deve-se fixar também, um teto máximo de aposentadoria, para os futuros funcionários municipais, por categoria. E enquanto isso advirto aos amigos leitores, que olhem bem para os políticos que estão apoiando a greve e os movimentos de inconformidade dos funcionários, e fiquem em alerta. Pois que interesses eles (estes políticos) tem em esculhambar com os cofres públicos? Afinal, lembrem-se de quem deixou esta cidade esburacada e ficou quatro anos, na gestão passada, apenas aparecendo na coluna social ao invés de mostrar trabalho.

Como disseram respeitáveis pessoas de visão, de nossa comunidade, como Olívio Jacobus, Milton Killing e Flávio Fischer, mudanças são realmente necessárias. Pois vejam que paga-se muito pelos serviços prestados e o retorno é pouco. Além disso, pesam nos nossos bolsos tais salários e, muitas vezes, ao procurarmos orientação no Palácio, ou mesmo solicitar um serviço, somos mal atendidos pelos funcionários, e isto é de conhecimento público. Seja por mal preparo ou por má vontade mesmo. Espero sinceramente que se tal votação passar, logo nossos políticos comecem a fazer novos cortes, como o fim dos benefícios da Câmara, como as viagens que já deram o que falar e são uma vergonha. A redução do salário do prefeito é um exagero. E também a aprovação de projetos que beneficiem o crescimento, pois já estamos fartos de somente e simplesmente, apenas de promessas. Estou errado ou não?

O que Novo Hamburgo quer?

Nossa cidade necessita no momento de realizações no que tange à manutenção de sua estrutura física, para uma melhor qualidade de vida para seus moradores, natos ou não. Ou seja, o conserto de buracos, nas vias públicas, conserto das lâmpadas que iluminam estas vias, a manutenção das praças e parques verdejantes, espaços estes, totalmente precários atualmente, além de outros problemas como um melhor atendimento de saúde, a melhor qualidade em educação e a geração de empregos e renda.

Porém, são necessárias mudanças, que podem ser de mentalidade, de políticas públicas, de interesse comunitário portanto. Precisamos nos adequar, de modo a gerar crescimento, de promover o progresso, para podermos todos nós usufruirmos de suas benéfices.

A cada minuto que passa, perdemos tempo para efetuarmos mudanças. Um exemplo foi a tola discussão sobre quem deveria ficar com a cadeira de presidente na Câmara, um assunto fútil, que para os políticos pode representar até a liderança política, porém que para nós os eleitores, não nos traz resultados práticos de modo algum.

A copa de 2014 também está cada vez mais próxima e haverão necessidades de crescimento comercial, evidentes, para que a antiga Capital Nacional do Calçado possa atender a todo e qualquer turista, que venha nos conhecer. E que medidas estão sendo tomadas? Alguém viu algo prático sendo executado neste sentido? Se viram, me digam.

O que vejo pelas conversas que tive com amigos, parentes, conhecidos e pessoas até mesmo estranhas a mim, é que Novo Hamburgo quer crescer. Entre as principais queixas: o péssimo atendimento na saúde, as passagens de ônibus mais caras e péssimos horários, buracos nas ruas, falta de vida noturna (principal queixa dos mais jovens), falta de empregos, a residência de marginais e viciados nos parques públicos, a depredação do patrimônio público e a falta de eventos culturais (aqui defendidos por mim e vários cronistas).

Uma mudança importante foi proposta há algumas semanas e executada ontem na votação do fim do plano de carreira dos funcionários públicos. Esta mudança, em alguns anos, acarretara em visível economia, porém entrando em vigor, somente para novos funcionários concursados, a partir de sua sanção.

Uma pergunta que foi feita por um funcionário público, ontem nas manifestações em frente a Câmara, é o que o prefeito queria com essa medida? O que me levou a outra questão. Eu acho que foi uma pergunta boba, pois se a ideia é de fato economizar e aliviar a situação financeira do erário público, para daqui há vinte anos, porque desta questão, por parte do funcionalismo, cuja resposta é tão óbvia e tão evidente? O que me leva a crer que tal movimento de greve e paralisação é levado por pessoas que não sabem sequer porque estão se manifestando, para nós seus patrões, em função de um plano de carreira, que foi extinto unicamente para os novos funcionários, que futuramente entrarão no poder público por concurso, a partir do momento da sanção da medida.

Antes de ser crucificado, por políticos oportunistas, que querem simplesmente se promover, evidentemente, prestando apoio público a estas manifestações, faço duas perguntas aos funcionários públicos e as deixo para o leitor, se questionar também. E pergunto, o seguinte a estes ditos inconformados, se eles preferem uma votação pela extinção do plano de carreira agora, neste momento, perdendo as garantias e direitos adquiridos ao longo dos anos? Ou se preferem deixar esta questão, para o funcionalismo público, no futuro, quando estes inconformados de agora, estiverem muito bem aposentados?

Outra questão que fica no ar é se serão tomadas medidas por parte do poder público, neste interim, que promovam o crescimento desejado, nas áreas e quesitos pedidos por membros de nossa comunidade?

É uma questão de escolha, bem simples. Ou economizamos, no futuro, ou a economia, se quiserem estes funcionários ditos inconformados, poderá ser promovida de maneira brutal, para o agora, com o consentimento dos pagantes de impostos, sobretudo, se certos movimentos não forem legítimos e não souberem o que realmente querem. Parece até que o patriotismo e o amor dos funcionários públicos, em relação ao bem estar de nossa cidade e comunidade, é movido por altos salários, em detrimento a vontade pública, não parece amigo leitor?

Novo Hamburgo 2010

Estou aqui, mesmo antes de terminar o ano e que acho que de fato historicamente falando, a nível mundial já terminou (a não ser que aconteça algo de interessante nos próximos meses, para marcar 2009). Para desejar que nossa cidade passe por boas mudanças. Mudanças que a façam crescer, mudanças que espelhem os ideais que eram os desejos de nossos mais célebres cidadãos e que por muito tempo fizeram de Novo Hamburgo, uma pérola, tão valiosa e rara na história deste Estado e País.

Crescer economicamente, crescer culturalmente, crescer e crescer e crescer... Parece ufanismo mas não é amigo leitor. Antes de tudo, eu por exemplo, não consegui o emprego dos sonhos, ainda não parei de fumar como queria, não fiz a receita de trufa a escocesa, porém, eu não desisti ainda. E mesmo meio "rengo" em funçâo da minha cansativa e aqui já exposta cirurgia que fiz na coluna, não desistirei.

Quando escrevo aqui que nossa cidade quer mudar, é porque já ouvi mais de uma, duas, dez, cem, mil e incontáveis vezes, o desejo de mudanças. E estas são possíveis sim. Porém, antes de tudo, precisamos mudar nosso modo de interagir com o poder público, nosso empregado portanto, para que faça se cumprir a vontade pública.

Tanto que os amigos cronistas e eu, neste ano, pedimos a vocês todos que nos prestigiam, que fizessem todos os tipos de manifestações em relação a absurda Lei dos Super e Hipermercados, e conseguimos por fim, nos fazermos ouvir, e manter este evidente absurdo, inerte e inutilizado. Foi uma vitória, de todos nós. E a conseguimos unicamente por nos unirmos.

Devemos defender os bons valores, que nossa comunidade, tem enraizada dos ideais que vem da época da emancipação. E para que as mudanças, que são possíveis sim de serem feitas, sejam de fato implementadas, precisaremos nos unir a todos, mais de uma vez se necessário.

Precisamos mais do que tudo cobrarmos das autoridades competentes medidas práticas que independem de opinões e discussões tolas de ideologias, para promovermos o crescimento que tanto almejamos. Para que nossa cidade possa gerar riqueza e que desta riqueza possam se fazer valer ações mais práticas junto ao poder público. É impossível se pensar em aumento de receita e este é meu recado ao prefeito e a Câmara, sem economia e sem a promoção do crescimento comercial e industrial.

Há horas, os cronistas do Online e do NH Impresso vem colocando artigos sobre este assunto e vem sendo ignorados, por excessão de uns três ou quatro vereadores, que tem se preocupado neste quesito e não tem tido êxito, unicamente por pura falta de união política nesta cidade. E não estou mentindo, pois se existe união por aqui, ela só aparece, quando única e exclusivamente, medidas de lei que não nos interessam, são aprovadas para autopromoção, ou para contentar minorias, ou quando podem por em evidência alguns políticos mal intencionados, a exemplo a PL dos Super e Hipermercados.

Aos péssimos vereadores e ao palhaço que nos chamou a todos aqui, de palhaços, um recado: ou vocês mudam o modos de conduzir a política, em nossa querida cidade, ou comecem a fazer um pé de meia, com os seus salários, pois nós eleitores, iremos realmente mudar a cidade, nem que seja pela força do voto. E aí este dinheiro economizado poderá ser útil para os seus sutentos. Pois está morrendo aos poucos a era em que os maus políticos, que fazem bobagens, se reelegem.

Admirável Mundo Novo!


Dentre os assuntos do momento, acabei quase que por me esquecer, de mencionar a onda de calor, insuportável da segunda-feira. Digo insuportável do ponto de vista das cidades do interior, pois creiam-me, que se me fosse possível voltar à era de ouro, das temporadas completas no litoral, eu o faria sem pensar duas vezes.

Apesar de achar um gasto de energia inútil, dadas as incomodações do trânsito lento, dos acidentes nas estradas, estas muito mal cuidadas em maioria, e dos riscos que implicam, fizeram bem aqueles que foram para o litoral no feriado. Pois o ar abafado e quente, aqui na região, era quase que irrespirável.

O mais cretino é que tem pessoas que escrevem nos meios de comunicação dizendo que não existe o aquecimento global. Gostaria de saber que intenções estas pessoas tem ao dizer tanta bobagem, pois vejam que o clima está totalmente pirado. Já há anos que não vejo um inverno frio mesmo como deve ser o inverno, uma primavera florida e perfumada, com jeito de primavera, um verão quente e chuvoso, e um outono ameno.

Tufões tropicais onde não haviam, tornados em Santa Catarina e Paraná, chuvas torrenciais em outras regiões do país, totalmente mal distribuídas, e vem querer dizer ao público, a nós que sofremos com as interpéries do clima, que as vemos, que não há nada de errado, com o nosso planeta? Chegará um momento em que os principais responsáveis pelos fatores que agravam o problema serão responsabilizados em algum momento, isso, se a mãe natureza, não resolver ela mesma, tomar providências, arrasando o que estiver pela frente.

Alguns cientistas dizem que a situação, do mundo, como o conhecemos, pode se agravar, porém com mudanças que se forem tomadas de imediato, pode se amenizar o problema e revertê-lo a longo prazo.

Alguns cientistas se indignaram com o filme O Dia Depois de Amanhã, um Day After dos tempos modernos, porém, sem holocausto nuclear, dados os exageros que segundo essa corrente mais conservadora, apontou.

Curiosamente, há cerca de dez anos, um mamute foi encontrado na Sibéria, com data de pelo menos dez mil anos, totalmente preservado. Curiosamente, este animal, apresentava folhas e frutos ainda intactos em seu estômago, não digeridos. O que comprova que o animal fora congelado em questão de segundos por uma supertempestade como as mostradas no filme que comentei há pouco.

Na série do Discovery Channel, há pelo menos dois anos, falou-se sobre o aquecimento global e suas consequências. Na série Cinco Possíveis Fins, cenas do filme foram aproveitadas além de entrevistas com geólogos, paleontólogos e paleobotânicos, biólogos e ecologistas, sobre o tema, glaciação. Todos foram unânimes, em prever para antes da metade do século XX, o início de uma era glacial, como nunca antes vista, e possível extinção de pelo menos 90% das espécies, e a redução da população humana mundial há pelo menos um terço da existente hoje, devido aos desastres que poderiam ocorrer, com o agravamento do aquecimento global.

Ano passado e retrasado, o elo solar surgiu no céu, formado por cristais de gelo e formando uma sombra e um círculo, em torno do sol. Tal fenômeno, pode ser observado, normalmente, nos polos e em países de clima extremamente frio, e curiosamente, foi visto por aqui nos trópicos. Aqueles que acham que tudo não passa de bobagens, de ecochatos ou de cientistas malucos, um recado: persebam antes de escreverem bobagens ou falar à imprensa os sinais que são os sintomas de um planeta doente, para podermos curá-lo! Ou as gerações futuras terão de sobreviver em um admirável mundo novo, bem diferente do que conhecemos hoje.

Respondendo ao Leitor!

Olá amigos do Jornal NH e NH Online. Hoje respondo ao comentário de Margarette Loretto, leitora deste espaço, que nos prestigia:

"Caro von Closs, leio sempre suas crônicas e vos digo o seguinte: servidor público também paga impostos. Nós servidores não temos conhecimento de alguma isenção, pois pagamos IPTU, IPVA, ICMS e o Imposto de Renda fica no município para aqui ser aplicado. Vamos cuidar para nossos políticos.

Cuidar mais do dinheiro público. Agora inventaram um jornalzinho para informar quantos funcionários tem a Câmara e quem são os vereadores de Novo Hamburgo. Coisas que já sabemos. Dois mil exemplares para serem distribuídos em ótimo papel e colorido. Quanto custou isso? O senhor já perguntou isso?"

Infelizmente cara leitora, a situação é de que todos nós pagamos impostos, e isto independente de nosso poder aquisitivo, ser maior ou menor. Porém, a situação crítica que vive Novo Hamburgo, pede pela mudança do plano de carreira, dado o inchaço que pode ocorrer no futuro, com pagamento de salários e benefícios a futuros funcionários.

Felizmente, para o servidor atual, tais efeitos de lei, não serão uma ameaça à aposentadoria dos integrantes do quadro atual. Este foi um compromisso da Municipalidade.

Infelizmente, quis o destino, que nossa cidade, aprovasse um plano de carreira, na época de hiperinflação, e concedesse reajustes periódicos, sem que se prevesse a estabilidade econômica, que foi implantada anos depois. Também houve a queda de arrecadação recorde nos últimos vinte anos e nenhuma medida foi tomada na época de modo a estimular a produção industrial de se manter ao mesmo patamar. Hoje é impossível que se aumente o quadro de funcionários, sem que se comprometa o pagamento do quadro atual, bem como os pagamentos ao Instituto de Previdência dos Municípios, para a futura aposentadoria destes. Ou seja, a Prefeitura está estagnada, bem como a situação econômica do município.

Quando critiquei o movimento de greve, o fiz, por receber diversos e-mails, de leitores, inclusive um questionando o seguinte: "Se os funcionários tiveram seus direitos garantidos, porque do movimento de greve? Eles não vêem, que se houver aumento de quadro, no futuro, a Prefeitura não poderá sequer pagar seus vencimentos?".

Confesso que não entendi também, e me desculpe, pois sei que és funcionária pública. Porém, o principal problema é a péssima previsão de arrecadação municipal para os próximos dez anos. Nesse meio tempo diversos profissionais públicos, que prestam serviços à comunidade, estarão se aposentando, e se não houverem estas mudanças, como garantir uma aposentadoria digna se a cidade gastar mais do que arrecada?

Qualquer alteração hoje que implique a absorção de mais mão-de-obra, concursada, para o futuro, ou seja o aumento de quadro, pode causar o inchaço na máquina pública e um buraco no erário municipal, causando problemas em relação a futuros investimentos e manutenção da estrutura física vigente. Ou seja, se hoje temos ruas que lembram queijo suíço, podemos por exemplo voltar a era do chão batido, pela falta de dinheiro. Ou negligenciarmos a compra de medicamentos ou merenda escolar ou não poder cobrir qualquer despesa necessária para a comunidade.

Também como sabe, sou contra o desperdício de dinheiro público e não entendi o porque de se gastar para a publicação de um jornalzinho da Câmara, com a pequena tiragem de 2 mil exemplares, quando temos pelo menos 110 mil pessoas nesta cidade que votam. E como temos ainda a cobertura política excelente do Jornal NH, porque de tal publicação?

Gostaria de lembrar também aos membros da vereança que, se querem divulgar seu trabalho, mostrem algum, com iniciativas que apareçam e sejam práticas e úteis para todos. Atualmente somente quatro vereadores tem mostrado preocupação e trabalho, com projetos que estimulem o crescimento econômico, que é vital para a nossa cidade. E falta consenso entre os restantes em levar adiante tais projetos.

No meu texto União por Novo Hamburgo pedi a união política entre os partidos locais, independente de tolas ideologias e bobagens de disputas e guerra de vaidades, para a promoção do bem estar geral de nossa comunidade.

Confesso à cara leitora que me surpreende as atitudes dos políticos locais, entrem em disputas provincianas, por cadeirinhas de presidência, como verdadeiros Jecas, quando deveriam se preocupar em propor projetos que beneficiem a atração de investimentos, que gerem trabalho e riqueza em nossa cidade. Esta cidade, pelo que vi, é para a maioria dos políticos A Ilha da Fantasia onde bispos, se metem nas relações de trabalho do comércio, onde vereador viaja para eventos que não existem e conseguem torrar 4 mil reais em apenas três dias sem serem punidos, onde cidadãos que sugerem ou criticam, ganham a alcunha de palhaços.

A estes péssimos políticos, lembro ainda, novamente o recado de algumas crônicas atrás. Que nossa comunidade é super atenta e não engole desculpas esfarrapadas e que já se foi a era em que os maus políticos se reelegem.

Obrigado por me escrever cara Margarette, estarei atento a toda e qualquer crítica e sugestão que partir da querida leitora. Um forte e cordial abraço e muito obrigado pela sua atenção.

(publicada em 05/11/2009)

Aqui nem morto se tem sossego...

Curiosamente, neste País, os mortos não tem como descansar em paz mesmo. Na Europa Ocidental, por exemplo, já existem crematórios, dado o alto custo aos mais humildes, que não possuem jazigos ou tumbas familiares, em se enterrar seus entes.

Também sei que nos países anglo-saxãos, dificilmente se mexa na tumba de uma família e se mexam nos corpos, sob qualquer pretexto, como se fazem nos países latinos ou de origem portuguesa. Existem túmulos familiares com mais de mil anos que permanecem intactos e mais membros de uma família são enterrados, uns sobre os outros.

Outro fator, que é curioso, em relação a este tema é a falta de respeito com os que já partiram ao mexermos em seus sepulcros. Eu sei que existe a falta de espaço, porém, o problema é que não houve planejamento anos atrás ou a previsão de aumento populacional, bem como de sua mortalidade.

Como membros da minha família compraram jazigos perpétuos (pelo menos sete) no Cemitério Luterano da Vila Rosa, há cinquenta ou sessenta anos, eu ainda posso me dar ao luxo de escolher onde irei, quando ele lá em cima me chamar (E que esteja bem longe este dia), embora prefira ficar junto aos meus avós, bisavós(uma) e triavós. Porém, me incomoda imaginar que algum funcionário venha mexer em meus restos a qualquer pretexto algum dia.

Apesar do tema funéreo que discorro neste texto, fico imaginando que vivemos e trabalhamos, pagamos impostos e mesmo depois de mortos, corremos o risco de sermos despejados de nossa última morada para termos nossos restos queimados em um forno a gás. Chego à conclusão que no Brasil nem morto se tem sossego.

O que está feito, está feito...

Pois ontem a votação da extinção do plano de carreira para os futuros funcionários municipais passou na Câmara. Eu estava a algumas dezenas de metros, distante, porém em área próxima, na casa de minhas primas, ouvindo o piquete, na Praça da Bandeira.

Embora a pesquisa de opinião do NH Online de hoje mostre que a maioria é contra esta alteração, infelizmente, não espelha os comentários de minhas primas, das pessoas que estavam comentando sobre o assunto, no Centro logo mais à noite, e hoje na crônica de Aurélio Decker.

Embora, algumas das pesquisas feitas aqui, a maioria, espelhem a realidade, não posso deixar de pensar que diante esta disparidade de opiniões, que muitos funcionários públicos, ou seus parentes, tenham votado nela, apenas refletindo a sua opinião e querendo nos convencer dela. Nada mais justo. Porém, nem eu, nem ninguém nesta cidade, entendemos, o porque da manifestação justamente, quando, houve por parte da municipalidade, a iniciativa de se fazer valer os direitos dos descontentes, que suponho sequer tivessem certeza do que queriam.

Pois vejam, que, se estes tivessem sido atingidos com a cassação automática de seus direitos adquiridos pelo velho plano de carreira, aí até concordo que o movimento fosse legítimo. Ontem escrevi aqui, respondendo aos comentários da querida leitora Margarette Loretto, que prestigia os crônistas neste espaço, sempre dando as razões principais para a mudança do plano de carreira.

Ou Novo Hamburgo o muda agora ou vai falir em dez anos. O recado é espelhado por pesquisas que foram apresentadas ao prefeito este ano, segundo este divulgou inclusive no NH impresso. Eu não acredito que os funcionários do Palácio se matem de tanto trabalhar e mereçam tantos benefícios, pois até chimarrãozinho lá dentro parece mais importante que atender bem ao público.

A falta de consciência, de egoísmo, com o compromisso com o coletivo com a comunidade, dentro do poder público municipal, por parte dos funcionários concursados, é uma vergonha. Aliás, descabida, a falta desta última.

Ontem ainda pude ouvir comentários de algumas pessoas, no Centro, como: "Mas o que estes infelizes querem, já não ganham o suficiente?" ou "Os vereadores deveriam cassar logo os direitos dessas criaturas e pô-las na rua, para verem como é aqui fora!" ou "Cambada de vagabundos!"

Naturalmente que sei, que estas acusações são injustas aos bons funcionários de nosso município, que realmente trabalham. Porém, como sabem, para a população descontente a generalização sobre a categoria é inevitável, pois como disse, ninguém entendeu o porque.

Mantenho aqui, ainda, a minha posição de que haja a valorização do profissional em educação com a devida correção de excessos, no plano de carreira a ser apresentado ainda pelo prefeito, que se comprometeu a fazê-lo em um mês, dada a importância de sua função e muitas vezes os sacrifícios que deve fazer no seu dia a dia.

Os Sonhos de Nelson

Pois meu querido amigo Nélson, ex micro-empresário do calçado, ontem me propôs que eu fosse sócio em mais um empreendimento. Porém, ficou decepcionado comigo, pois recusei, uma vez, que tanto ele como eu, não temos capital para movimentar a empresa que ele propos criar.

Ele inclusive me perguntou se eu tinha como captar algum recurso para locação de um local, ao que respondi sinceramente que não. Os parentes em melhores condições ou estão morando longe, ou estão saindo do Rio Grande do Sul, em busca de novas oportunidades, de ganho ou lucro, ou os que faliram, se mantém às duras penas, ou ainda aqueles que ainda tem algum negócio, lutam para se manter diante a concorrência, de modo que um possível empréstimo nem pensar.

Como não peguei a fase boa, da abundância financeira entre os meus, porém, uma pequena rebarba, que me permitiu me criar, no meio de outros membros de famílias mais tradicionais desta cidade e antigas amigas de minha família. Hoje tenho que sobreviver à procura de trabalho e fazendo um bico, com minha prima, que devido ao calor, está tornando lenta as vendas. Ao que sabiamente, resolvemos dar uma pausa em nossas atividades, já pensando como resolver o problema do calor, ou ainda, uma mudança de ramo.

Como um descendente de escoceses e alemães, eu primo, do princípio, que todo e qualquer negócio, comercial e industrial, necessita de capital de giro, para que com ele, possa-se gerar lucro também. Ou você o tem, ou o Titanic apontará no seu horizonte! Esta é a minha opinião.

Outros deslizes jamais devem ser cometidos, como por exemplo, se pegar o dinheiro do caixa para compras que não são relacionadas ao negócio que você abriu. O caixa, neste caso, é sagrado. Primeiro que você poderá ficar sem troco. Segundo que você poderá esquecer de repor o que tirou ou não poderá cobrir a importância, criando um rombo, ficando portanto, sem dinheiro para a quitação de compromissos no futuro.

Outro fator, é que sei que a média, para um negócio dar lucro, é de três anos. Portanto, meu amigo Nélson queria abrir um negócio com pouco dinheiro, ao que lhe expliquei, que sem o capital para giro, sem divulgação do serviço, que impõe mais investimentos, ao que queria propor e uma estrutura adequada, seria impossível que não se vislumbrasse logo, a mais tenra falência. Ou seja, de início, todo e qualquer negócio, necessita do capital para gastos necessários a sua manutenção.

Gasta-se o mínimo possível, sem se perder a qualidade do que se propõe ao atender as necessidades dos clientes, e guarda-se o dinheiro excedente, para cobrir outras despesas, ou mesmo para o futuro, pois nunca se sabe.

Com um pouco de bom senso, paciência e sabedoria, quem sabe os sonhos não se realizem?

Agora há pouco, meu amigo me ligou, felícissimo, por ter conseguido um trabalho! E fiquei realmente feliz por ele, porém, já lhe disse de chofre, economize uma graninha, sempre que sobrar, pois quem sabe um dia, de empregado, não vire patrão, não acham?

Colaborando


Foi lamentável o evento ocorrido ontem com o Corpo de Bombeiros no resgate do corpo de um menino que se afogou no Rio dos Sinos. Vejam que mesmo entidades públicas de socorro e amparo, além daqueles de que delas necessitam, escapam da mira dos ladrões.

Quando falo em punições exemplares por aqui, para criminosos, algumas pessoas até me condenam, pois eu leio cada e-mail que chega até mim. Como disse em crônicas anteriores, corro o risco mesmo, de ser chamado de desumano ou inumano pelo leitor.

Porém, é fato que uma epidemia de crack ronda nosso Estado, causando prejuízos e destruindo famílias. Também é fato que a estrutura de tratamento deste último é ineficaz para a cura dos dependentes químicos.

Pois nada me tira da cabeça que foram viciados em drogas que furtaram os equipamentos dos bombeiros, como a motoserra, por exemplo. Muito provavelmente para vender e comprar esta triste droga, que se espalha como uma doença.

Então faço aqui um apelo público aos empresários, lojistas ou pessoas com melhores condições financeiras, que se interessarem pelo assunto e unam-se ou façam uma vaquinha e doem para a reposição os equipamentos que agora fazem falta a estes profissionais, pois vejam que através da Prefeitura, o processo é lento, necessitando-se de processo licitativo, etc. E o Estado, sabe-se lá quando irá repô-los, pois nunca sabemos quando todos precisaremos do auxílio destes bravos homens. E toda a ajuda para nosso corpo de bombeiros será com efeito, penso, bem vinda.

Reeleição?

Para a alegria dos membros do Corpo de Bombeiros, boa parte dos equipamentos furtados do caminhão foram recuperados pela polícia. O que demonstra também os esforços destes profissionais diante das adversidades, como salários defasados e equipamentos que nem sempre são de ponta!

A Governadora falou ontem sobre um pacote de benefícios, para os professores e a Brigada Militar, que prevê a valorização do serviço público, a reformulação das carreiras, inclusive com a possibilidade de pagamento de 14º salário e aumento do piso salarial para os soldados da Brigada Militar( o 27º piso salarial do País) e ao Magistério, a partir de 2010.

Entre outros benefícios, também prevê a premiação dos servidores, que aderirem ao projeto e aos novos contratados, por critério de desempenho no alcance de metas. A proposta de pagamento de 14º salário, seria a de pagá-lo em duas vezes, e beneficiaria 150 mil funcionários ativos.

Segundo a Governadora, tais benefícios seriam possíveis graças aos ajustes fiscais, do saneamento das contas e das finanças públicas estaduais. Tal modelo de gestão de benefícios, será implementado exclusivamente aos novos servidores públicos.

Enquanto a Governadora tenta agradar "a Gregos e Troianos",já conseguiu angariar a antipatia e críticas de entidades de classe como o CPERS Sindicato, da Oposição e do Sindicato dos Cabos e Soldados, que vêm em tal plano, suas vantagens e desvantagens. Inclusive isto não mudará a situação dos soldados da Brigada Militar, que continuarão com seus pisos salariais, muito baixos, se comparados aos de seus colegas em outros Estados do País, continuando na 27ª posição, o que é uma vergonha.

Resta-nos saber, se tal medida, não seria uma tentativa da Governadora, em tentar agradar a estes importantes ramos, do funcionalismo público( educação e segurança), um anos antes da tentativa de reeleição. Pois vejam que depois de tantos escândalos, de acusações e farpas, que foram trocadas entre a Governadora e seus aliados e a Oposição, não parece também, mais um plano eleitoreiro, para contentar o funcionalismo público, perante a população?

Incompetência

Pois estando sem assunto para minha crônica diária, para deliciar meus queridos leitores, ontem pela manhã topei com vários assuntos. Passando pela Praça do Imigrante percebi uma agremiação de pessoas todas conhecidas, inclusive politicamente falando, com bandeiras e siglas, tomando chimarrão e jogando conversa fora.

Fui até o paradão com um amigo, para tomar meu ônibus e poder desfrutar de um bom bate-papo, quando um dos integrantes do grupo veio até nós, com a mão cheia de folhetos, trouxe um para mim e meu amigo. Basta dizer que eu li o meu, ao ver a sigla, do dito folheto, meu amigo comentou amassando o dele e pondo na lixeira ao lado: "cambada de malandros."

Entre outras ditas acusações, tal partido pertencente ao ex-prefeito, Jair Foscarini, acusava nos folhetos a atual administração por vários problemas. Curiosamente, tal folheto, não informava que os problemas dos buracos, começaram na administração daquele partido, bem como de seu respectivo prefeito. Tampouco, informava que o atraso, das obras do Hospital, se deram por falhas deste governo também, pois não foram uma ou duas reportagens, neste jornal, falando sobre os atrasos nas obras, durante a gestão anterior.

Quanto ao plano de carreira, principal assunto abordado no dito folheto, basta lembrar que os excessos, devem ser cortados sim. Existem exageros e serão cortados, unicamente, para os futuros funcionários públicos.

Não estou sequer, defendendo, a atual administração, porém, pondo os pingos nos "is". Pelo menos metade dos motoristas, principalmente os que tiveram prejuízos com seus automóveis, em função da buraqueira, e quem toma ônibus, sabe de quem é a culpa dos buracos. Principalmente, por passarem três anos e meio, mais ou menos, dirigindo na buraqueira, que não foi tapada porque? O que Jair Foscarini e seus ex-integrantes do governo municipal querem esconder de nós?

Um pequeno lembrete, de um dito popular, que atualmente serviria para metade dos vereadores, na nossa Câmara, e para os políticos locais em geral. Quem tem telhado de vidro, não atira pedras no telhado da casa do seu vizinho.

No País do Rodoanel!

última vergonha, em termos de escândalos, foi o desabamento do viaduto na ponte do Rodoanel. Infelizmente, quis o destino que esta tragédia ocorresse de chofre, causando diversos prejuízos para os habitantes da cidade de São Paulo.

Agora o governo desta cidade, neste estado executor desta obra, importantíssima para desafogar o trãnsito no coração financeiro do Brasil, procura um culpado pela tragédia ocorrida. Digo, ainda, que o maior culpado é o próprio governo do estado de São Paulo. Ninguém sabe se houve superfaturamento nas licitações, se o material era de péssima qualidade ou não, se houve interesse e fiscalização deste, nas obras. Logo, a culpa é do próprio governo estadual.

Pelo menos, José Serra e sua equipe governamental não poderão acusar a oposição dentro do estado, de mais uma manobra eleitoreira, em ano eleitoral, como outros escândalos protagonizados, por políticos de seu partido, na federação e nos estados, nos últimos anos. Balelas à parte, tais problemas poderão simplesmente minar sua campanha eleitoral à presidência da República, por pura incompetência de seus subalternos.

A República Despida


Para alguns, mais um feriado como outro qualquer, para outros, dia de reflexão sobre a política e o modo como é conduzida. Para os historiadores, uma data marcante de mudanças, que nem sempre foram boas para esta nação.

Dos 120 anos de República, pelo menos 86 anos foram marcados por regimes autoritários, ou por governos baseados na representação de monopólios e sua políticas imbecis, que nos colocaram em atraso. Dez anos, foram de governos fracos, que apesar de promoverem mudanças foram depostos. Vinte e quatro anos, representam o fim destes regimes, com a abertura política em 1984 e a eleição de um presidente democrático, em 1985, que sequer tomou posse direito, sendo substituído pelo seu vice.

Em 1988, eleita a Constituição Federal mais moderna do mundo, porém cheia de brechas e furos na lei, que hoje se manifestam em impunidade, em benefício aos promotores de escândalos e corrupção, em todos os níveis, das instituições do País.

Depois de trinta anos de ditadura, presidentes que roubaram poupanças, que fecharam 65% da indústria nacional, que privatizaram a rodo, que não sabiam de nada, que ganharam posições de liderança mundial, que nos tiraram de uma senhora crise. Porém, que esqueceram de promover justiça, de punir culpados de corrupção, de promover mudanças, de gerar trabalho e riqueza para nós.

Uma população que não reclama, que não cobra, que não pressiona, que é alienada, inclusive e principalmente entre os que deveriam cobrar mais, e portanto, tem o governo que merecem, e apenas queixam-se. A uma imprensa democrática e moderna, que cobra por esta mudanças e mostra o que está errado e ainda assim, é injustamente criticada e culpada por isto.

Professores mal remunerados, lutando às duras penas, para construírem um País melhor. Políticos que torram os mundos e os fundos, sem serem punidos exemplarmente. Uma lei mole, que não consegue dar tratamento adequado, aos apenados mais perigosos, com o devido rigor que se espera da mesma.

Problemas sociais e econômicos, a rodo, que surgem a cada momento. Enfermeiras loucas que envenenam crianças, com sedativos, em nome da religião. Governadores que compram móveis com dinheiro público para seus lares, sendo que ganham muito bem obrigado, para trabalharem. Ou que deixam obras inacabadas, ou que cobram pedágios caros e nada fazem. Viadutos que caem, tráfico de drogas que destrói, educação do povo a zero.

Deputados federais e estaduais omissos, que acham que somos trouxas em pagar pelos seus péssimos serviços. Ex-prefeitos, que não olham para as mancadas que cometeram e criticam na cara dura, e prefeitos que não se mexem, e quando o fazem, ainda ameaçam esculhambar com o que é correto ou com o que a população quer que se mantenha.

Vereadores que aprovam leis inconstitucionais, chamam o povo de palhaços, levam ovos e ainda assim, acham que tem o direito, em se sentirem ofendidos com o fato. Guerrinhas de vaidades, que apenas promovem atrasos para as comunidades onde ocorrem, e nada de bom trazem. Vergonhas, que um dia espero sinceramente, sejam corrijidas, para o bem de todos.

Parabéns dona República, pelos seus 120 anos, que os próximos 120 tenham mais virtudes, que vicitudes e sejam mais merecedamente comemorados, e de preferência por todos nós.