segunda-feira, 10 de maio de 2010

O que está feito, está feito...

Pois ontem a votação da extinção do plano de carreira para os futuros funcionários municipais passou na Câmara. Eu estava a algumas dezenas de metros, distante, porém em área próxima, na casa de minhas primas, ouvindo o piquete, na Praça da Bandeira.

Embora a pesquisa de opinião do NH Online de hoje mostre que a maioria é contra esta alteração, infelizmente, não espelha os comentários de minhas primas, das pessoas que estavam comentando sobre o assunto, no Centro logo mais à noite, e hoje na crônica de Aurélio Decker.

Embora, algumas das pesquisas feitas aqui, a maioria, espelhem a realidade, não posso deixar de pensar que diante esta disparidade de opiniões, que muitos funcionários públicos, ou seus parentes, tenham votado nela, apenas refletindo a sua opinião e querendo nos convencer dela. Nada mais justo. Porém, nem eu, nem ninguém nesta cidade, entendemos, o porque da manifestação justamente, quando, houve por parte da municipalidade, a iniciativa de se fazer valer os direitos dos descontentes, que suponho sequer tivessem certeza do que queriam.

Pois vejam, que, se estes tivessem sido atingidos com a cassação automática de seus direitos adquiridos pelo velho plano de carreira, aí até concordo que o movimento fosse legítimo. Ontem escrevi aqui, respondendo aos comentários da querida leitora Margarette Loretto, que prestigia os crônistas neste espaço, sempre dando as razões principais para a mudança do plano de carreira.

Ou Novo Hamburgo o muda agora ou vai falir em dez anos. O recado é espelhado por pesquisas que foram apresentadas ao prefeito este ano, segundo este divulgou inclusive no NH impresso. Eu não acredito que os funcionários do Palácio se matem de tanto trabalhar e mereçam tantos benefícios, pois até chimarrãozinho lá dentro parece mais importante que atender bem ao público.

A falta de consciência, de egoísmo, com o compromisso com o coletivo com a comunidade, dentro do poder público municipal, por parte dos funcionários concursados, é uma vergonha. Aliás, descabida, a falta desta última.

Ontem ainda pude ouvir comentários de algumas pessoas, no Centro, como: "Mas o que estes infelizes querem, já não ganham o suficiente?" ou "Os vereadores deveriam cassar logo os direitos dessas criaturas e pô-las na rua, para verem como é aqui fora!" ou "Cambada de vagabundos!"

Naturalmente que sei, que estas acusações são injustas aos bons funcionários de nosso município, que realmente trabalham. Porém, como sabem, para a população descontente a generalização sobre a categoria é inevitável, pois como disse, ninguém entendeu o porque.

Mantenho aqui, ainda, a minha posição de que haja a valorização do profissional em educação com a devida correção de excessos, no plano de carreira a ser apresentado ainda pelo prefeito, que se comprometeu a fazê-lo em um mês, dada a importância de sua função e muitas vezes os sacrifícios que deve fazer no seu dia a dia.

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