segunda-feira, 23 de maio de 2011

Abandonado no Centro


Pois ontem, após o trabalho, fui dar uma volta ao centro como faço as vezes, para conversar com os taxistas no ponto da Gomes Portinho ou tomar café nas Bancas do Centro como tenho por hábito ao passear pela área. E por fim fiquei de bate-papo até me perder nas horas, e resolvi ir para a parada do ônibus, esperar o último para Canudos.

Comigo estavam mais cinco pessoas, o senhor Hidebrando, aquele senhor que atende na portaria do Cinema do Shopping, o jovem Vinícius da Safe Park, um outro rapaz que trabalha numa loja de confecções em Canudos de nome Cristiano, um outro que é professor se não me falha a memória o Juliano e mais um outro rapaz cujo nome não sei, mas que volta e meia pega o ônibus em horários tardios. Enfim chegou à 00h:00min, à 00h:30min, e nada do ônibus, que por sinal estava parado próximo ao ponto de taxi da esquina da Primeiro de Março, com Marcílio Dias, e que às 00h:44 min simplesmente, desceu por esta última rua citada e não mais passou pelo terminal do Centro na esquina da Lima e Silva que é o itinerário.

Ligamos para a empresa Hamburguesa e o vigia disse que não poderia fazer nada, perguntamos qual o número do carro e o nome do motorista do horário, que em evidente distância não nos foi possível identificar e ele simplesmente não sabia responder, ao que custo a acreditar que não soubesse pois eles tem uma planilha de controle de chegada dos carros. Pedimos se havia um carro reserva que pudesse nos buscar.

Enfim fomos abandonados no Centro. A maioria de nós tão somente, tinhamos cartão magnético ou apenas o valor da tarifa, para o retorno ao lar, não podendo usufruir de um confortável taxi. Houve quem fosse embora tardiamente, de motoboy, a pé, ou como eu em tardia carona, chegando apenas as duas da manhã em casa, e tendo que caminhar uns quatro quarteirões, correndo riscos de assalto ou qualquer violência gratuita, as quais todos sabemos existir nos dias atuais.

Os serviços de ônibus desta cidade, contam com carros velhos e desconfortáveis, do início deste século é muito caro, e os motoristas evidentemente, não possuem o comprometimento com o público, sendo então evidentemente empresas baseadas no puro amadorismo e incompetência.

Ano passado, eu tive o dessabor de passar por isto duas vezes, tendo que me hospedar na casa de minha avó, uma senhora de 82 anos, moradora do Bairro Ideal. Ontem eu dei um basta, pois com a minha coluna avariada me incomodando, eu pensei:" se eu não conseguir carona, eu fico aqui esperando até de manhã, mas não incomodo mais a vó".

Leiam bem, falta competência e comprometimento com o público no atendimento dos ônibus. Como poderia ser comigo, poderia ser com qualquer pessoa que me lê aqui, pois sei muito bem que quando os pais não tem tempo ou por alguma razão, não podem levar seus filhos em festas, estes confiam eles a um transporte público caro e defasado, que pode simplesmente deixá-los na mão e o pior, correndo riscos.