Pois olhem amigos leitores, estou num marasmo, num tédio que não imaginam. Fiquei sem assunto mais uma vez, pois o período saramandaiense na política de Novo Hamburgo parece ter tido fim. Ontem a Câmara barrou, através de sua Assessoria Jurídica, a votação de aumento dos salários dos Procuradores Adjuntos, por falta de um estudo de impacto econômico. Estão comportadíssimos, os membros da vereança, e isto por um lado é ótimo.
Parece que estão aos poucos entrando nos eixos, porém fica aquela sensação de que não gostam mais da gente, pois não aprontam nada para que eu e mais amigos aqui, possam dar umas boas carraspanas literárias. Do vereador torrador de dinheiro, nem sinal, tem fugido da imprensa ao que soube, e evita ser visto ou entrevistado por esta.
Porém ,vocês podem me achar repetitivo, mas eu pergunto mais uma vez, quando o Sr. Alex Rönneau irá repor o dinheiro gasto indevidamente? Sim, porquê ele pode ter justificado à Câmara que pode até ter engolido, no sentido de passar a mão em sua linda cabecinha. Mas nós eleitores e pagantes de impostos estamos com esta viagem a Santa Maria entalada em nossas gargantas, e não sossegaremos enquanto o dinheiro, não retornar aos cofres do erário.
É antiético, é imoral, é ilícito, é uso de má-fé. (...)
Os interesses da comunidade hamburguense, penso, falam mais alto. Não é certo que viagens sejam pagas pela Câmara, que se sustenta com o nosso dinheiro, em maior ou menor grau, inclusive pois todos pagamos impostos. Mesmo que a quantia, que foi gasta, não represente muito para o orçamento da Câmara, é um dinheiro que poderia de fato ser melhor aproveitado em algo mais útil.
Devemos cobrar da Câmara à sensatez, à parcimônia e à austeridade em gastos de dinheiro, e cobrar dos representantes do legislativo, pela votação do fim dos benefícios concedidos, ou a justificação dos gastos destes. Uma esperança, foi a proposta aprovada do projeto do agora Secretário Adjunto da Casa Civil do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Sr. Leonardo Hoff, de transparência nos gastos públicos, com a divulgação dos salários do funcionalismo público concursado ou não.
A Honra, é muito mais importante que valores financeiros, penso, que títulos, e parece que alguns membros da vereança pensam que Novo Hamburgo é Brasília, onde tudo acontece. Viagens que não trazem benefícios, para nossa cidade, que na verdade a maioria é só para turismo mesmo, pois nunca vi um único projeto que fosse fruto destes cursos para vereadores. Nunca. Não nesta cidade, pelo menos. Infelizmente, ao que parece, Honra não se adquire, se ganha ao nascer, pelo que pude constatar.
Este ano um único vereador, foi a Brasília duas ou três vezes, pedir recursos para nossa cidade, e este transparentemente, divulgou e justificou o seu trabalho, bem como seus gastos. Acho eu, que a iniciativa foi válida.
Porém penso, que se a maioria dos vereadores, querem viajar, que paguem dos seus bolsos como todo e qualquer mortal, retirando os valores dos seus salários, que não é pouco, como todos nós sabemos.
Admira-me ainda, sabendo que os eventos onde o vereador supracitado, e puxo agora as orelhas dele de novo, não existiu, a Câmara tenha aprovado a sua viagem bem como os gastos. Foram 4,5 mil reais gastos em três dias, em hospedagem em seminários para multirão de limpeza em túmulos e outras atividades inúteis para a nossa comunidade. Que regalia é esta? Ou acham que enguliremos, que se gasta 4,5 mil reais, em três dias, assim no mais?
Queremos que os políticos dêem o exemplo, e que tenham ética acima de tudo, e sejam transparentes. Pois o dinheiro que os sustenta é nosso a princípio, pois então que seja, gasto, com projetos e ações úteis a nossa comunidade.
Se o dinheiro das verbas representativas fosse economizado, daria para se aparelhar com micro-computadores um quarto das escolas em um ano e ligá-las em rede. Portanto em quatro anos, por exemplo, poderiá-se transformar Novo Hamburgo, no município de maior inclusão digital do país, dando inclusive mais chances para os alunos que saem do ensino fundamental, de conhecimento e preparo para o trabalho no futuro. E engraçado que ninguém pensou nisto ainda, não é?
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